Entrevista com o capitão Fabian Boll.

Decidimos que seria legal colocar algumas entrevistas aqui no blog. Como tínhamos que começar em grande estilo, o nosso primeiro entrevistado é nada mais nada menos que o nosso capitão, Fabian Boll.




St. Pauli Brasil: Primeiro gostaríamos de saber sobre o início da sua carreira. Jogar futebol era um sonho de criança?

Fabian Boll: Não muito, mas sempre quis jogar futebol e da maior categoria possível. Quando se existe a possibilidade, não se diz não.


SPB: Você jogou em alguns times antes de começar no St. Pauli. Quais foram as razões que o levaram a escolher o time para jogar e o que mais te chamou a atenção nessa época?

FB: Um ano antes de jogar no St. Pauli eu tive um proposta do Norderstedt, porém recebi uma nova proposta e como fã do time decidi mudar. A atmosfera no Millerntor sempre me impressionou e como fã do clube, sempre tive o sonho de jogar aqui um dia.


SPB Você está jogando no St. Pauli desde 2002, o que é bastante tempo. Como é jogar no Millerntor, que é um estádio ‘a moda antiga’, quando hoje em dia você encontra tantas arenas modernas na Europa e ao redor do mundo?

FB: Nosso estádio nem é mais tão a moda antiga‘. O antigo estádio tinha um charme próprio, sem dúvidas, mas para se manter competitivo era importante que o Millerntor se modernizasse. Não temos uma arena como muitos outros clubes têm, mas ainda é um estádio especial, com um jeitão meio inglês, devido a localização no centro da cidade.


SPB: O que você pensa sobre o futebol moderno?

FB: O futebol moderno é cada vez mais um negócio. O futebol em si tem pouco a ver com a realidade – o business dos jogadores profissionais para mim é uma subcultura.


SPB: A última temporada não foi tão boa para o St. Pauli. Quais são as suas expectativas para a nova temporada?

FB: Queremos melhorar até o final da temporada, melhor do que estivemos na temporada passada. Precisamos de um pouco de tempo para formar uma equipe. Estamos com nove jogadores novos e por conta disso leva um tempo até nos entrosarmos.


SPB: Você está com 34 anos agora. Nós gostaríamos de saber até quando você planeja jogar e se você já tem planos para quando parar.

FB: Enquanto eu estiver ativamente jogando, não tenho como dizer. Até porque ainda não fiz grandes planos. Eu apenas noto mês a mês, quão motivado estou para jogar. Então, enquanto eu estiver pensando na minha carreira, não tenho planos para depois.


SPB: Durante a sua jornada no FC St. Pauli até agora, qual foi o melhor e o pior momento?

FB: Houve alguns belos momentos. Estes incluem a subida para a 1.Bundesliga em 2007 e 2010, o sucesso na Copa da DFB em 2005/06 e a vitória no derby contra o Hamburgo na 1.Bundesliga. Eu realmente não tenho um pior momento, mas no geral nenhuma derrota é legal, o rebaixamento previsível da 1.Bundesliga em 2011 e a quase subida no verão seguinte, não foram legais.


SPB: Você sabia que o St. Pauli tem fãs no Brasil e na América do Sul? O que você acha do alcance que o time tem, mesmo não sendo um time de primeira divisão e por isso você não pode ver os jogos nos canais esportivos fora da Alemanha e da Europa?

FB: Eu sei que temos um monte de fãs ao redor do mundo, como em Nova York ou até mesmo na Nova Zelândia. É bonito que um pequeno clube de bairro, como o FC St. Pauli que nunca celebrou grandes sucessos tenha tantos fãs ao redor do mundo. Isso é incrível!


SPB: Para terminar. Você poderia deixar uma mensagem para os fãs do St. Pauli no Brasil? 

FB: Para todos os brasileiros: deixem os alemães serem campeões do mundo no ano que vem! (risos do Boll). Para todos os fãs do St. Pauli no Brasil: Ergam bem alto a bandeira da caveira e espalhem que existe um pequeno clube em Hamburgo que é especial e sempre será especial por causa de seus muitos fãs ao redor do mundo.


Espero que tenham gostado e sintam-se a vontade para sugerir alguém que vocês gostariam de ver entrevistados aqui no blog. Prometemos que vamos correr atrás para conseguir, porque essa do Boll não foi fácil não.


I would like to say a big thank you to Heuke Brueckner and Christoph Pieper.