Entrevista - Benjamin Adrion do Viva con Agua
Com a volta da temporada (amanhã teremos o primeiro jogo do St. Pauli após a pausa de inverno), voltamos a nossa programação.
Para primeiro post do ano, tenho a entrevista feita com o Benjanmin Adrion do projeto Viva con Agua. Pra quem não sabe o que é o VcA, fiz um post sobre o projeto. Basta clicar aqui para ler o texto.
Espero que gostem.
St. Pauli Brasil: De acordo com a história, a idéia do projeto
veio após um jogo em Havana. O que aconteceu pra despertar a idéia de começar
esse projeto?
Benny Adrion: Isso foi após nossos jogos, quando estávamos
de volta na Alemanha. Foi o insight de que havia um grande potencial para criar
uma poderosa rede onde pudesse apoiar uma boa causa. O FCSP é uma excelente
plataforma para fazer algo assim. Esta foi a razão para começarmos.
SPB: Depois de Cuba, quantos projetos foram
realizados?
BA: Neste momento temos projetos em aproximadamente
20 países. Alguns foram pequenos. No momento temos projetos na Etiópia, Uganda,
India/Nepal e nossos amigos suíços tem projetos em Moçambique, Guatemala e
também no Nepal.
SPB: Durante esse tempo. Existe algum projeto que
vocês não tenham feito? Que vocês estiveram impossibilitados de realizar por
alguma razão?
BA: Teve um projeto em Benin onde os fundos tiveram
que ser redirecionados. A equipe local estava tendo conflitos e por isso não
pudemos garantir a qualidade do projeto.
SPB: Como os projetos são escolhidos? As idéias
vem de dentro do VcA ou de fora? Como vocês fazem o controle para saber se o
dinheiro está sendo usando de forma correta?
BA: Nós sempre trabalhamos com parcerias. Na
Alemanha é com o Welthungerhilfe e na Suíça com os Helvetas. Esses parceiros
têm grande experiência. Eles sabem o que fazem e garantem a qualidade dos
projetos. Nós temos os parâmetros do projeto, eles são a base para sugerir
o que fazer. Eles estão sempre relacionados a saneamento e higiene.
SPB: Qualquer pessoa pode fazer parte do projeto?
Como as pessoas podem ser voluntárias?
BA: Centenas de possibilidades. Nós queremos que as
pessoas sejam criativas para apoiar a nossa causa. Então,
toda boa idéia é bemvinda!
SPB: Quais são os países que vocês gostariam de
fazer algo e até o momento não tiveram chance? Vocês têm algum projeto para o
Brasil? Se sim, o que planejaram e onde?
BA: O Brasil não está no topo da nossa lista no momento.
Nós concentramos o nosso trabalho nos mercados de língua alemã, em termos de
arrecadação de fundos e conscientização. Os projetos de água estão concentrados
nos países mencionados. Nos futuro, nós definitivamente queremos integrar
outros países ao nosso trabalho.
SPB: Até onde vocês pretendem chegar com o
projeto? Quais são os seus sonhos?
BA: Meu sonho é que a rede VcA cresça
internacionalmente. As pessoas que tenham os mesmos ideais se juntem a causa.
Música, artes e esporte são os nossos principais meios. Essa orientação
cultural é parte do VcA e nós adoraríamos ver essa idéia crescer. Engajamento
social com boas intenções, nós chamamos isso de lucro. É o que nós estamos em
campanha.
SPB: Nós vivemos um momento onde as pessoas estão
mais preocupadas com sustentabilidade, meio ambiente. Na sua opinião, o planeta
ainda tem conserto?
BA: Sim, sempre terá. Talvez as pessoas tenham
problemas com isso, mas nossa terra irá vencer. Nós definitivamente, estamos em
tempos críticos. Eu ainda estou otimista que nós podemos aprender, mas não será
sem danos. Mudanças virão, mas primeiro nós teremos que lidar com as
consequências do nosso comportamento.
SPB: Gostaria de deixar alguma mensagem para os
leitores do St. Pauli Brasil e as pessoas do Brasil em geral, que provavelmente
lerão a entrevista?
BA: Pessoal, se vocês quiserem, participem! VcA é
para todos! J
Apresentar essa entrevista e lembrar o texto onde apresento o projeto aqui no blog, vem num momento um tanto propício. Estamos enfrentando uma onda de calor aqui em São Paulo como a muito não se sentia e parece que se as coisas continuarem como estão, teremos que enfrentar o racionamento de água. A pergunta é: Isso aconteceria se as pessoas tivessem uma maior conscientização sobre o uso desse recurso? Economizam? Ou procuram economizar apenas quando falta.
Sabemos que as coisas não andam assim tão confortáveis, mas como o próprio Benny disse, é uma situação reversível. Mesmo que a gente enfrente alguns perrengues por conta da nossa irresponsabilidade, as coisas podem melhorar se nos conscientizarmos que os recursos naturais não são de duração infinita. Que existirão pra sempre e em abundância.
Através desse projeto podemos começar a pensar mais a esse respeito. A água potável é um item essencial e um direito de todos, mas muitos países no mundo não têm acesso a esse item tão básico e acabam precisando de ações, como o do projeto VcA, para ter acesso mínimo à água portável. Em compensação onde ele existe em abundância, as pessoas não tem o mínimo de consciência de preservar pra nunca faltar.
Apresentar essa entrevista e lembrar o texto onde apresento o projeto aqui no blog, vem num momento um tanto propício. Estamos enfrentando uma onda de calor aqui em São Paulo como a muito não se sentia e parece que se as coisas continuarem como estão, teremos que enfrentar o racionamento de água. A pergunta é: Isso aconteceria se as pessoas tivessem uma maior conscientização sobre o uso desse recurso? Economizam? Ou procuram economizar apenas quando falta.
Sabemos que as coisas não andam assim tão confortáveis, mas como o próprio Benny disse, é uma situação reversível. Mesmo que a gente enfrente alguns perrengues por conta da nossa irresponsabilidade, as coisas podem melhorar se nos conscientizarmos que os recursos naturais não são de duração infinita. Que existirão pra sempre e em abundância.
Através desse projeto podemos começar a pensar mais a esse respeito. A água potável é um item essencial e um direito de todos, mas muitos países no mundo não têm acesso a esse item tão básico e acabam precisando de ações, como o do projeto VcA, para ter acesso mínimo à água portável. Em compensação onde ele existe em abundância, as pessoas não tem o mínimo de consciência de preservar pra nunca faltar.